Hoje acordei sem vontade de acordar.
Fiquei jogada na cama, na esperança de que minha vida emergisse de algum lugar.
Fui arrancada de meus devaneios mordazes, por uma voz, nada amigável, que gritava o meu nome.
Um banho gelado, um suco, um calmante...
A promessa de mais um dia nesse mundo que não [re]conheço...
Uma saída, que prometia ser tortuosa, tornou-se agradabilíssima... encontrei minha amiga [e professora de francês] há muito perdida em algum ponto da minha história.
Andamos; falamos; sentamos; falamos... por horas.
Sem nem ao menos notar que os minutos passavam, como se uma fenda temporal nos houvesse sugado e nos desse todo o tempo possível para conversarmos...
Cinema; política, misticismo, vida, problemas, gatos, madrastas psicólogas, Saint German, lugares, pessoas, Paulo Coelho, drogas, Teoria da Conspiração, Templários, história... uma infinidade de assuntos, que obedeciam uma ordem desconexa completamente lógica.
A mente esvaia-se a cada observação feita, deixando apenas uma sensação boa do reencontro com figura tão estimada...
Até ser puxada de volta ao caos mundano, por uma mãe furiosa, que aguardava desesperadamente suas etiquetas compradas há horas [que em tal presença. transformaram-se em míseros minutos].
Toda a alegria do reencontro foi expurgada ao cruzar o negro portal, que dá entrada, à um mundo caótico, com personagens indesejáveis de minha história, conversas vazias, incompreensão e falsos sorrisos...
Estava, novamente,em casa.
"Procure viver, lembrar é para os mais velhos"
[Na Margem do Rio Piedra eu sentei e chorei - Paulo Coelho]
* Tenho alma anciã, desconfio...
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