Deitada na varanda, olho para o céu e vejo um amontoado de nuvens que formam uma grande massa disforme. Duas piscadas depois e lá estavam dinossauros, carneirinhos, olhos, pássaros... mais algumas piscadas e no lugar do dinossauro havia um monge em canto gregoriano, e em cima dele, uma fada, esvaindo-se...
Cheguei à conclusão de que o Heráclito do PanthaHei observava as nuvens... ali está a grande Lei do Devir. Algo que é, em segundos, não o é mais e nem o voltorá a ser. É aqui que reside o grande mistério da vida: não ser o que se era e ser feliz sendo o novo que se é a cada instante.
Mas nós, humanos [pelo menos uma grande parcela], temos problema em lidar com o novo. O desconhecido nos assusta, as possibilidades nos amedrontam...
Isso dá-se pelo fato de sermos seres comodistas, habituando-nos às rotinas, que nos impedem de enchergar o processo de mudança [mesmo que estes estejam gritando em nossa cara]. só nos damos conta de que a situação já não é mais aquela quando nos vemos despreparados diante dos nossos desafios.
E para algumas pessoas essa é uma tarefa complexa, ter a maleabilidade de lidar com as mudanças que a vida impõe. Eu sou uma dessas. Não consigo adaptar-me, tenho dificuldade em encerrar os capítulos da minha vida; o novo se abre e sinto-me envolta em um manto negro, que cega-me, desnorteando-me e impedindo-me de achar o caminho de volta.
[Indico para leitura, posterior: "Quem mexeu no meu queijo?" - Spencer Johnson]
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